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Mulher que morreu ao cair em córrego de SP fazia aula de direção


O irmão da diarista Daíza Cordeiro de Souza, de 47 anos, contou na noite desta quarta-feira (23) que ela estava tendo aulas particulares de direção no momento em que caiu com o Palio no córrego Arincaduva, na Zona Leste de São Paulo. A condutora e a instrutora, não identificada até as 23h, morreram no local. “Ela tinha carta (de habilitação), mas não praticava”, revelou o metalúrgico Agnaldo Cordeiro de Souza, 42

O acidente foi pouco antes de 19h, em uma avenida bastante movimentada da região. Daíza, que era casada e tinha três filhas, perdeu o controle da direção e foi parar no córrego. Policiais militares tentaram tirar as mulheres do veículo, mas não conseguiram. Ao chegar no local do acidente e saber da morte da diarista, o marido e uma das filhas dela entraram em desespero. A amiga Marinalva Batista dos Santos, 45, disse que tinha alertado Daíza para que não tomasse aulas de direção fora de uma autoescola.

“Falei para ela que era perigoso, que era melhor o carro da autoescola que tem dois pedais (de freio), mas ela não me ouviu. Tinha carta, mas tinha medo de dirigir”, contou Marinalva, que foi até a Avenida Aricanduva para ver a amiga e só ali soube que da morte dela. “Ela comentou comigo no sábado que ia fazer uma aula no domingo e queria pegar um lugar com trânsito para dirigir”, completou Marinalva, que disse não conhecer a instrutora. A moça recebia por aula R$ 30.

Resgate dramático - O Palio com as duas mulheres caiu na altura do número 5555 da Avenida Aricanduva. O soldado André Moreira contou que foi o primeiro a chegar ao receber o chamado sobre o carro dentro do córrego e pulou na água para salvar Daíza e a instrutora. "Elas estavam gritando porque o carro enchia de água muito rápido. Diziam: 'me salva, me salva'", relatou o policial militar.

De acordo com ele, os vidros do Palio estavam fechados, o que dificultou o resgate. "Elas usavam o cinto e não conseguiam abrir (a janela). Se um vidro estivesse aberto dava para tentar salvar." O PM chegou a usar um pedaço de madeira para tentar liberar a janela, mas não conseguiu e teve que sair de cima do carro porque ele afundou rapidamente.

O sargento Rogério dos Santos, do Corpo de Bombeiros de Itaquera, informou que, só com a chegada dos mergulhadores, foi possível retirar as mulheres de dentro do veículo. Ali, à beira do córrego, os socorristas tentaram reanimá-las.

Até as 23h, os dois corpos, já cobertos, continuavam na beira do córrego. Nenhum parente ou amigo da instrutora tinha aparecido no local para fazer o reconhecimento.

G1.

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