Uma nova busca ao corpo de Eliza Samudio, realizada no sítio que pertencia ao goleiro Bruno Fernandes, foi encerrada no início da noite desta terça-feira (28). O Corpo de Bombeiros e a perícia da Polícia Civil, além de policiais, estavam na propriedade, dentro de um condomínio da cidade de Esmeraldas, próximo a Belo Horizonte, em atendimento a uma denúncia anônima feita ao Disque Denúncia na noite desta segunda-feira (27).
Escavação no sítio que pertenceu ao goleiro, em Esmeraldas(Foto: Reprodução/TV Globo)
Em entrevista ao G1, o delegado regional, Hamilton Figueiredo, afirmou que as investigações relacionadas a esta denúncia estão encerradas e ainda declarou que não há como saber se a denúncia anônima foi um trote.
Uma ossada estaria entre palmeiras, na entrada da propriedade, de acordo com a denúncia feita à polícia. A escavação no terreno foi feita com picaretas, no ponto indicado pelo denunciante, que tem a identidade preservada. Em entrevista ao portal G1, Rodrigo Miranda, advogado do novo dono do sítio, disse que as informações da denúncia são vagas quanto à exatidão do local onde estaria o corpo, mas o proprietário permitiu que fossem realizadas as buscas sem nenhum tipo de problema.
Eliza Samudio, que teria sido assassinada a mando do ex-goleiro do Flamengo, era amante do jogador e, segundo denúncia do Ministério Público de Minas Gerais, foi morta no sítio.
Atentado contra ex-motorista de goleiro
A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou que o ex-motorista do goleiro Bruno, Clayton Gonçalves, foi baleado em um atentado em um bar na divisa entre as cidades de Contagem e Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O atentado aconteceu na noite de domingo (26), mas a informação só foi divulgada nesta terça (28).
Segundo a polícia, o ex-motorista foi atingido por dois disparos no ombro após ser perseguido por suspeitos armados. Um outro adolescente teria sido atingido pelos disparos, mas ainda não foi localizado. Gonçalves foi preso na época do desaparecimento de Eliza Samudio.
Ele dirigia a caminhonete de Bruno quando Eliza foi levada para o sítio do jogador em 2010. Ele é considerado uma importante testemunha do caso.
Segundo atentado a testemunhas
Este é o segundo atentado em uma semana contra testemunhas do caso Samúdio. Réu no processo que apura o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, Sérgio Rosa Sales, 24 anos, foi executado a tiros no dia 22 deste mês, no bairro Minaslândia, na Região Norte de Belo Horizonte. Ele era primo do goleiro Bruno Fernandes, principal suspeito de ordenar a morte da modelo.
Segundo testemunhas, Sales saía de casa para trabalhar quando foi perseguido por dois homens armados. Ele chegou a tentar se esconder em uma casa, mas foi atingido por vários disparos, na barriga e na mão.
Sales teve a liberdade decretada no dia 10 de agosto de 2011. Ele ficou preso por um ano e um mês. Dois de três desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) votaram pela liberdade provisória do réu.
Sales ajudou a polícia na reconstituição do crime feita no sítio de Bruno em outubro de 2010. Ele contou detalhes do que teria acontecido no local nos dias anteriores ao desaparecimento de Eliza Samudio. Na ocasião, ele disse que a jovem estava na sala do sítio, com um ferimento no topo da cabeça.
Entenda o caso
Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza Samudio deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul. Segundo a polícia, Eliza teria sito morta no início de junho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Polícia Civil indiciou Bruno e mais oito envolvidos no desaparecimento e morte da jovem. A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público em agosto de 2010. O corpo de Eliza não foi encontrado.
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