O caso foi enviado à Justiça pelo procurador-geral da República Roberto Gurgel após o encerramento do julgamento do Mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF). O procurador que ficar responsável pelo caso poderá chamar o ex-presidente Lula para prestar depoimento. O autor da acusação, Marcos Valério, também poderá ser chamado para dar mais detalhes das denúncias feitas em 24 de setembro.
Durante o julgamento no STF, Valério afirmou que o esquema também pagou "despesas pessoais" do petista no início de 2003. O empresário relatou que os recursos foram depositados na conta da empresa de segurança Caso, de propriedade do ex-assessor da Presidência Freud Godoy. Nas palavras de Valério, Godoy era uma espécie de "faz-tudo" de Lula.
Diferente dos outros mensaleiros, Lula será julgado em primeira instância, já que o ex-presidente não tem mais foro privilegiado. Com isso, a denuncia deverá ser apurada pelo Ministério Público Federal em São Paulo, em Brasília ou em Minas Gerais.
O procurador-geral da República Roberto Gurgel está de férias e deverá retornar com as atividades na próxima semana, quando vai se debruçar sobre o assunto. Apesar de ter admitido publicamente que Marcos Valério é um jogador, Gurgel também afirmou que seria praticamente impossível arquivar o caso sem qualquer apuração prévia.
Ao tomar conhecimento das acusações feitas por Valério durante o julgamento do Mensalão, o ex-presidente Lula o chamou de mentiroso. "Eu não posso acreditar em mentira, eu não posso responder mentira", reagiu Lula na época.
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