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Servidores Rejeitam reajuste de 8% da prefeitura

O reajuste de 8% dos vencimentos dos servidores públicos municipais oferecido pela Prefeitura de Santo Antônio de Jesus não restringiu a uma polêmica apenas entre a categoria e o Executivo. A matéria começa a ter desdobramentos envolvendo a Câmara Municipal, cujos 14 vereadores garantiram entrar nas negociações para melhorar a remuneração dos cerca de dois mil funcionários públicos. Na sessão da noite de ontem (3), segunda-feira, o assunto gerou discussões entre os vereadores da oposição e da bancada do governo. “A única preocupação é o São João e a contratação das bandas. E o servidor fica aonde? 8% não chega nem a R$ 60”, questionou a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindserv), Sheila Sueli.

Os funcionários reivindicam um reajuste de 12%, entre outros benefícios. Segundo a presidente do Sindicato, Sheila Sueli, que usou a tribuna livre da Câmara para levar a insatisfação da categoria, a contraproposta da prefeitura foi de 8,%, o que não foi aceito pela categoria. “Na gestão passada nosso reajuste foi de 12%. Hoje a administração quer diminuir. Então será um decréscimo anual, pois em 2014, 2015 e 2016 só haverá perdas salariais para os servidores”, ironizou a sindicalista.

A presidente do sindicato pediu a ajuda do Poder Legislativo para solicitar uma reunião novamente com a administração municipal para informar o posicionamento dos servidores e negociar um novo reajuste. “Em dez anos este será o primeiro que teremos queda salarial. É necessária uma negociação que seja de fato negociação. Não é do interesse dos servidores a greve, mas essa poderá ser a única alternativa que nos restará se não acontecer uma nova negociação com a prefeitura”, afirmou.

Câmara entra na briga por reajuste maior

O presidente da Câmara Municipal, vereador Marcos Có (PP), se comprometeu a tentar reabrir a negociação com a Prefeitura. “Vamos incorporar a luta dos servidores por melhores salários, já que esta é a Casa dos debates, das discussões. A Câmara tem sido madura nas discussões dos projetos em benefício do povo”, assegurou. O vereador Délcio Mascarenhas (PP) fez um requerimento solicitando a presença da secretária de administração e Planejamento, Luciene Pinto, na próxima sessão da Câmara para debater o assunto. “A presença da secretária seria para explicar porque não se concede um reajuste maior”, justificou. O requerimento não foi aprovado pela maioria.

Para o vereador Uberdan Cardoso (PT), o correto é uma reunião entre sindicato, prefeitura e vereadores fora da sessão. “Não chegaríamos a lugar algum. Vamos marcar a reunião para quarta ou quinta-feira”, disse. O vereador, embora seja da base do governo, admitiu ser contra erros da administração municipal e ainda advertiu sobre o excesso de contratações pela prefeitura. “Isso foi determinante para que o funcionário concursado tenha sido tão desvalorizado. A prefeitura não pode ser cabide de emprego. Esse vício de anos tem que ser banido da administração pública”, afirmou. Francisco Freire lembrou que a hora de consertar os erros é esta. “Estamos do lado dos servidores. Se é problema de gestão, tem que ser consertado”, assegurou.

O vereador Antônio Nogueira foi contra a afirmação de que a prefeitura não pode conceder um aumento justo aos servidores por conta da gestão passada. “Não aceito essa justificativa. Desde a gestão de Álvaro Bessa os servidores não recebem um reajuste abaixo de 10%. Os servidores não podem pagar por um erro de gestão. Vamos lutar junto coma categoria pelo reajuste de 12%, que é o justo”, ressaltou.

 Cristina Pita Ascom CÂmaraSAJ

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