Cheio, abafado e sujo, pronto-socorro do Hospital do Servidor Municipal, em São Paulo, coloca doentes em macas no corredor, mostra reportagem de Talita Bedinelli e Evandro Spinelli publicada na edição desta terça-feira da Folha.
A unidade funciona na Aclimação desde 1950, e o pronto-socorro atende, além dos servidores da prefeitura de São Paulo, o público em geral --muitos deles, moradores de rua da região central.
Ontem, nove macas se enfileiravam no estreito corredor do hospital. Por todo o corredor, havia lixeiras, uma delas suja de sangue. Outra, aberta. A reportagem mostra que não havia controle de acesso na área onde ficam os pacientes. Por volta das 15h30, 20 pessoas estavam em pé no meio dos doentes deitados.
A Folha também esteve na unidade na última quinta-feira, quando presenciou um paciente deitado em uma maca no chão.
A Secretaria do Planejamento da prefeitura informou, em nota, que o pronto-socorro é referência na região e o segundo na cidade que mais recebe pacientes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). A pasta admite, no entanto, que "nem sempre a quantidade de leitos supre a necessidade, devido ao excesso da demanda" no local.
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