Avião caiu no Monte Sinai (Foto: AFP)
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A França bombardeou novamente o principal reduto do
grupo extremista Estado Islâmico no Norte da Síria, destruindo um
centro de comando e um centro de treinamento, anunciou o Estado-Maior
das Forças Armadas da França.
“As Forças Armadas francesas fizeram, pela segunda
vez no espaço de 24 horas, um ataque aéreo contra o Daech [nome do
Estado Islâmico em árabe] em Raqqa, na Síria", informou o Estado-Maior,
em comunicado. Já a Rússia aumentou sua ação militar na região após
confirmar que o avião que caiu no Egito em outubro foi alvo de uma bomba
– o EI reivindicou a queda.
O presidente russo,
Vladimir Putin, prometeu hoje punir os autores do "atentado" contra o
avião com 224 pessoas a bordo que caiu no Sinai. “Vamos procurá-los onde
quer que estejam escondidos. Vamos encontrá-los em qualquer parte do
mundo e castigá-los”, disse o presidente ao chefe do Serviço de
Inteligência russo (FSB, antigo KGB), Alexander Bortnikov, na noite
dessa segunda-feira.
Para ele, o ataque foi um dos mais sangrentos
crimes. "Pode ser dito, de forma inequívoca, que foi um ato de
terrorismo". Citando especialistas, Alexander Bortnikov disse que o
avião se desintegrou no ar devido a uma bomba com o equivalente a um
quilo de TNT.
Moscou tinha admitido, na semana passada, que estava
considerando a hipótese de atentado terrorista como uma das causas
possíveis da queda do Airbus A-321 russo, no dia 31 de outubro, no
Egito. A aeronave da MetroJet caiu pouco depois de decolar de Sharm El
Sheikh, na península egípcia do Sinai, com destino à cidade russa de São
Petersburgo.
França lançou ao menos 16 bombas somente hoje; entenda ataqueA
aviação francesa já tinha feito, entre a noite do domingo (15) e a
madrugada dessa segunda-feira (16), bombardeios contra a cidade de
Raqqa, em resposta aos atentados terroristas em Paris na sexta-feira, em
que morreram pelo menos 129 pessoas e mais de 400 ficaram feridas.
O ataque da França foi realizado por “dez aviões
caça – Rafale e Mirage 2000 –, a partir dos Emirados Árabes Unidos e da
Jordânia”. Eles lançaram 16 bombas, numa missão semelhante à que foi
feita na madrugada de ontem. "Os dois alvos foram atacados e destruídos
simultâneamente”, acrescenta o texto.
"Conduzido em coordenação com as forças
norte-americanas, o ataque teve como alvo locais identificados durante
missões de reconhecimento previamente feitas pela França”, segundo o
texto. O presidente francês, François Hollande, anunciou que a resposta
seria “implacável” após os atentados de sexta-feira, os mais sangrentos
cometidos no país.
Os atentados de Paris foram reivindicados pelo grupo
extremista Estado Islâmico. Desde os atentados, os Estados Unidos e a
França decidiram aumentar as trocas de reconhecimento sobre potenciais
alvos. A França vai intensificar as operações contra o Estado Islâmico
na Síria, graças às informações obtidas e ao deslocamento do
porta-aviões Charles de Gaulle, que vai triplicar a capacidade de
ataques. News SAJ/G1
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