Os professores da rede estadual de ensino entendem que há como repor as aulas suspensas pela greve da categoria, que completa 29 dias nesta quarta-feira (9) em toda a Bahia. Mas, para eles, o importante de se discutir é a qualidade da educação no estado.
A professora Graciene Nunes é uma das que compartilham dessa opinião. "Os 200 dias letivos hoje existem, mas eu sou de uma época em que tinham 180 dias letivos. Nós sabemos muito bem que, quando nós retornarmos, se tivermos o tempo hábil necessário faremos um novo planejamento de todos os programas e conteúdo e isso [prejuízo] pode ser vencido", avalia.
A professora Silvana Santos sinaliza que não é a primeira vez que é realizada uma greve. "O que faz valer é a qualidade do ensino. Poderia ser 300 dias letivos, mas, se não tiver qualidade, a gente não chega em lugar nenhum", pontua.
A colega Zenaide Barbosa acredita que, além do conteúdo disciplinar, é importante ampliar o entendimento sobre o contexto social repassado ao alunado. "Eles têm de ter visão geral de cidadania, política e isso nós podemos repor. Eu trabalho em uma escola que tem educação profissional e nós não temos nada. Vamos formar meninos agora sem estágio, biblioteca, não tem a mínima condição. Então nós lutamos pelo reajuste salarial, mas também pela qualidade da educação. Essa educação conteudística é do século passado", opina.
- Postado Por News SAJ
- Informações G1
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