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PERIGO NA TELA: Cuidados necessários com crianças e adolescentes na Internet

A prática de postar fotos de garotas nuas na internet são mais frequentes que você imagina e pode trazer consequências graves. Em Santo Antônio de jesus, tivemos um caso de varias fotos intimas de jovens publicadas no Facebook e Whatsapp causando um mal estar a população, uma deles pensou em suicídio.

 Em 2013 duas jovens cometeram suicídios após terem suas fotos divulgadas na internet. Uma adolescente de 17 anos se suicidou na cidade de Veranópolis no Rio Grande do Sul. Outro fato semelhante foi o caso de outra adolescente, também de 17 anos, que foi encontrada morta em seu quarto em Parnaíba, no litoral do Piauí, após ter um vídeo íntimo compartilhado na internet.

Pais ou responsáveis precisam combinar regras e limites para o uso da Internet. O mais eficiente continua sendo orientação e diálogo permanente com seu filho. Se não sabe usar o computador nem navegar na Internet, aproveite para aprender com seus filhos. Verá que será muito interessante receber lições de tecnologia, entender o que eles fazem com quem conversam e o que divulgam na internet. Coloque-se sempre à disposição para que peçam ajuda quando se sentirem ameaçados ou receberem conteúdos impróprios on-line. No lugar das velhas dicas para não receber doces nem carona de estranhos, hoje os pais precisam alertar os filhos para não divulgarem dados pessoais na internet, não aceitarem convites para se encontrarem com amigos virtuais e nem receberem arquivos de estranhos.

Dada a popularidade das redes sociais virtuais, torna-se de extrema importância que o utilizador conheça as formas de se proteger contra possíveis ameaças.
  • Não forneça inadvertidamente dados pessoais
    Evite colocar informações que possam levar desconhecidos a encontrá-lo(a), como por exemplo dados sobre o local onde reside, trabalha, números de telefone. Esta regra é tanto mais importante quanto mais jovem for o utilizador: informe os seus educandos acerca dos perigos de colocar informação pessoal online e explique-lhes porque nunca deve escrever algo que possa levar alguém a identificá-lo e encontrá-lo.
  • Não aceite pedidos de amizade se o conteúdo da página o deixar desconfortável
    Se receber um pedido de amizade na sua página pessoal, veja sempre a página dessa pessoa. Leia o que essa pessoa escreve, veja as suas fotografias e leia os comentários deixados por outros utilizadores. Se houver alguma coisa que o deixe desconfortável, recuse adicionar essa pessoa à sua lista. Um pedido é isso mesmo, e cabe a quem o recebe decidir se o quer aceitar ou não. Lembre-se que, em caso de dúvida, o melhor é recusar um pedido. Aceitar figurar como “amigo(a)” de outro utilizador é uma forma implícita de mostrar concordância com os seus ideais e pensamentos. Se um perfil contiver dados que vão contra a sua forma de pensar, quer ser associado(a) ao autor dos mesmos?
  • Não responda a comentários ou conteúdos ofensivos
    Se alguém colocar um comentário ofensivo no seu perfil, opte por apagar esse comentário e a pessoa que o fez da sua lista de amigos.
    Certifique-se, no entanto, que a mensagem não adveio de uma apropriação indevida de identidade, caso contrário, estará a eliminar alguém inocente.
    Caso o comentário ou conteúdo enviado vier legitimamente desse utilizador e o mesmo for contra as regras do sítio Web, reporte-o aos moderadores.
  • Os dados não são privados
    A regra de ouro é: tudo o que for colocado na Internet deixa de ser privado. Mesmo que o seu perfil esteja definido como privado, nada impede a quem tenha acesso autorizado ao mesmo de copiar os seus conteúdos e enviá-los a terceiros. Se pensar em colocar algo na sua página pessoal que o deixe com dúvidas, opte por não o colocar de todo. As regras acima apresentadas servem para todos aqueles que pretenderem ter uma utilização o mais segura possível das redes sociais virtuais. Contudo, dado que estas são bastante populares junto dos mais novos, aqui ficam também algumas regras que os educadores devem fazer cumprir junto dos seus educandos:
  • Colocar os perfis como privados
    Alguns sítios Web optam por considerar privados os perfis dos utilizadores de uma determinada faixa etária, bloqueando-os do acesso geral. Os dados das páginas privadas apenas são visíveis pelas pessoas na lista de amigos desse utilizador, o que lhe proporciona uma segurança adicional. Caso o sítio onde o jovem está inscrito não possua esta funcionalidade automatizada, é aconselhável ele mesmo torne a sua página privada.
  • Aceitar apenas utilizadores que conhece pessoalmente
    Se apenas aceitar ter na sua rede de amigos aqueles que já conhece pessoalmente, o jovem diminui muito as probabilidades de ser abordado por um predador online, ou até de ser vítima de cyberbullying.
  • Não aceitar conhecer os amigos virtuais pessoalmente
    Nem toda a gente é na realidade o que diz ser na Internet. Há relatos de crianças raptadas, abusadas e violadas por predadores online que conseguiram acesso a elas pessoalmente. Se, porventura, o educador aceder que o seu educando conheça um amigo virtual pessoalmente, deve ir com ele ao encontro, que deverá ser num local público, frequentado por muitas pessoas (por exemplo, um centro comercial) e de dia. Caso o seu educando insista em encontrar-se com alguém sem a sua presença, não o autorize e explique o porquê de tal atitude.
  • Cuidado com as fotografias
    Fotografias reveladoras do local onde foram tiradas podem tornar um jovem vulnerável a encontros pessoais por parte de predadores online.
    Outra forma de vulnerabilidade prende-se com a colocação de fotografias de natureza provocante. Há jovens que procuram aceitação social através da exposição do seu corpo. Explique ao seu educando quais os perigos de o fazer. Ser alvo do desejo de indivíduos mal-intencionados pode conduzir o menor a perigos desnecessários online e/ou na vida real.
  • Não colocar informações sobre terceiros
    O jovem deve estar atento para não colocar dados na sua página pessoal que revelem informações sobre os amigos. Estas informações, se puderem levar à sua identificação, podem colocá-los em perigo desnecessário. Fale com o seu educando acerca destes perigos e da necessidade de pedir sempre autorização sempre que quiser colocar qualquer tipo de informação que refira um(a) amigo(a). 

    Por fim, tenha sempre em mente que a melhor forma de manter o seu educando seguro é manter uma comunicação aberta com ele. Cabe aos educadores certificar-se que os jovens ao seu cuidado fazem uma utilização segura e educada da Internet. Ao impedir, por falta de comunicação, que um jovem recorra a um adulto quando se sente em apuros é deixá-lo sozinho e vulnerável e permitir que o pior aconteça.

    Envolva-se nas actividades online do seu educando e mostre-lhe que terá ajuda caso se sinta ameaçado, com medo ou tenha dúvidas quanto a algo que lhe esteja a acontecer. Lembre-se que, por mais cuidados que ensine, um adolescente é um adolescente e, como tal, ir-se-á expor, de uma forma ou outra, a situações que podem ter consequências menos agradáveis e é o papel do adulto o de ensinar, ajudar e educar, para que os erros sejam apenas fontes de aprendizagem e não de amarguras. 
News SAJ/Jheffesson Santos

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