Um policial civil foi preso em Salvador, nesta quarta-feira (7), por envolvimento em um esquema de produção, comercialização e transporte ilegais de carvão vegetal. A prisão faz parte da “Operação Cruzeiro do Sul”, desencadeada pelo Ministério Público baiano e as Polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal.
O policial civil João Gonçalves da Silva foi preso com arma de uso restrito. Ele atuava extorquindo caminhoneiros e fazendo a escolta de caminhões carregados de carvão ilegal.
O objetivo da operação é combater um esquema criminoso que age na extração ilegal de matéria prima nativa da Mata Atlântica e madeira furtada ou roubada de eucalipto. As ações estão concentradas em municípios do extremo sul baiano como Teixeira de Freitas, Mucuri, Alcobaça, Caravelas e Nova Viçosa.
Além da Bahia, a operação também é realizada nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo. Até a tarde de hoje, 14 pessoas foram presas, sendo nove na Bahia e cinco no Espírito Santo. Há uma previsão de que 1.500 fornos ilegais sejam destruídos.
Em uma siderúrgica do Espírito Santo foi apreendido um volume de notas fiscais duvidosas, correspondentes a duas caçambas, e aplicada uma multa de R$ 800 mil.
Segundo o Ministério Público, a madeira é extraída da Mata Atlântica e destinada a fornos ilegais, de pequeno e grande porte, que não têm licença ambiental. O carvão é comercializado por empresas “laranja” e o transporte acontece sem o Documento de Origem Florestal (DOF).
O produto é destinado a siderúrgicas da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais. A operação conta com uma equipe de 300 pessoas, dentre elas 21 promotores de Justiça. Estima-se que a sonegação fiscal chega a R$ 1 bilhão.
De acordo com a PRF, foram apreendidos seis veículos, sendo Pickups e motocicletas; seis CPU´s e notebooks; 55 munições de vários calibres, R$ 2.150, R$ 130 mil em cheques, duas motosserras e uma balança de precisão.
Da Redação Tv News SAJ
Informações G1
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