Se a pane seca no voo da LaMia, que caiu enquanto transportava a equipe da Chapecoense para Medellín, for confirmada, os familiares das vítimas do acidente não devem receber a indenização do seguro da companhia aérea. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, a apólice do seguro contratado pela empresa boliviana tem duas cláusulas de exclusão que eliminariam a necessidade da cobertura em caso de negligência ou omissão do operador.
A suspeita de pane seca deve ser confirmada com a abertura das caixas pretas – as autoridades colombianas dizem que já é possível afirmar “claramente” que o tanque do avião estava vazio no momento do acidente. As investigações preliminares apontam que o piloto, Miguel Quiroga, decidiu correr riscos ao não ter parado para abastecer ou ainda por ter comunicado a emergência à torre de controle de forma tardia.
De acordo com a apólice firmada com a resseguradora (seguro das seguradoras) Tokio Marine Kiln, o valor da indenização acertado é inferior aos praticados no segmento aéreo. O seguro para ocorrências de terceiros contratado pela LaMia é de US$ 25 milhões (R$ 87 milhões), inferior ao US$ 1 bilhão (R$ 3,4 bilhão) que as empresas do setor costumam acordar em coberturas amplas. O valor não protege a própria aeronave Avro RJ85, a única da frota, com capacidade entre 85 a 100 passageiros.
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