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Novo Alien Covenant não impressiona como deveria

Cena clássica da mitologia criada por Ridley Scott: um alien sai do corpo de um tripulante (foto/divulgação)
 Não é fácil para um cineasta de 79 anos retornar a um universo referencial do começo de sua carreira, mesmo que ele seja um artista talentoso como o inglês Ridley Scott, de filmografia diversificada e cujo estilo visual influenciou uma geração de diretores.
Em 1979, o então desconhecido Ridley Scott causou grande impacto com um longa-metragem que misturava ficção científica e terror de modo corajoso e com uma ambientação claustrofóbica espetacular: Alien, O Oitavo Passageiro.
Alien virou uma franquia pelas mãos de outros diretores e, em 2012, Scott resolveu voltar ao universo espacial criado por ele. O resultado foi o frágil Prometheus, um filme mais preocupado com questões filosóficas sobre a criação da humanidade do que com a tensão e as assombrosas e impiedosas criaturas de Alien.
Então, atendendo às expectativas dos fãs e do mercado, o cineasta reencontra sua criatura em Alien: Covenant, cuja história se passa dez anos após os eventos de Prometheus, com uma nova tripulação de viajantes espaciais que explora outras planetas para colonizar e chamar de lar.
A nave Covenant capta uma transmissão oriunda de um sistema desconhecido e aparentemente habitável. Ao chegar a esse planeta, os tripulantes são atacados por seres estranhos e encontram o androide David (Michael Fassbender), um dos sobreviventes de Prometheus. 
Michael Fassbender vive um androide, um dos sobreviventes da nave Prometheus (foto/divulgação)
 “Sempre pensei em Alien, O Oitavo Passageiro como um filme B, com um elenco classe A e um monstro classe AA. Agora, elevamos o que era fundamentalmente um filme de terror a outro nível”, afirma Scott, comparando o novo trabalho ao longa de 1979. Entretanto, o diretor esqueceu o cuidado com o roteiro, o suspense inteligente e a ambientação claustrofóbica que tornaram Alien uma obra-prima da ficção científica e do terror.
No apenas regular Covenant, os personagens são incoerentes, quando não atrapalhados mesmo (o Capitão Oram/Billy Crudup), desperdiça-se inexplicavelmente a presença de James Franco e os ataques do Alien não impressionam como deveriam. Viram meras cenas de ação. Aliás, há um ataque do Alien no chuveiro, à la Psicose, no qual um casal namora, que depõe contra o honroso passado de Ridley Scott. g1

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